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Síndrome do Hiperestímulo Ovariano – Entenda o que é, sintomas e como evitar

A Síndrome do Hiperestímulo Ovariano também conhecida como SHO é mudança resultante da indução ovariana nos procedimentos de Reprodução Assistida, ou seja, é a resposta exagerada dos ovários às medicações utilizadas.

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Entenda o que é a Hiperovulação

A hiperovulação ou ovulação excessiva, é um acontecimento bem raro que acontece normalmente em consequência de uma maior produção hormonal que tem como um resultado um aumento da permeabilidade dos vasos.

Esse fator é mais comum em pacientes jovens, que possuem uma reserva ovariana alta, como em pacientes com a síndrome do ovário policístico.

O processo de ovulação é contido pelos hormônios FSH (Hormônio Folículo Estimulante) e LH (Hormônio Luteinizante), que são expelidos pela glândula hipófise, entretanto, em determinados casos seja de maneira natural ou através de medicamentos, o ovário acaba liberando mais óvulos em um único ciclo, caracterizando a hiperovulação.

Síndrome do Hiperestímulo Ovariano, entenda o que é?

É uma complicação derivada dos medicamentos utilizados para a estimulação dos ovários, desta maneira, os indutores de ovulação são usados para que haja um aumento dos números de óvulos produzidos em um ciclo, fazendo com que aconteça uma melhora das chances de ter sucesso durante a Fertilização In Vitro (FIV).

Nesse sentido, a Síndrome do Hiperestímulo Ovariano é uma resposta intensificada dos ovários ao estímulo hormonal, fazendo com que haja um crescimento dos óvulos além do esperado.

Além disso tudo, também é associado à passagem de fluido dos vasos sanguíneos que acabam se tornando mais permeáveis, o que origina uma retenção de líquido abdominal.

A partir dessas mudanças na permeabilidade capilar pode haver esses 6 problemas:

  • Ascite;
  • Derrame Pleural, que é o acúmulo de líquido nos pulmões;
  • Inchaço;
  • Insuficiência renal, hepática e respiratória;
  • Hidrotórax (líquido no tórax);
  • Trombose;

Entenda o que causa a Síndrome do Hiperestímulo Ovariano

Como já citamos acima a Síndrome do Hiperestímulo Ovariano (SHO) acontece por causa de uma resposta dos ovários, acima do comum, aos hormônios utilizados para a indução da ovulação.

Este é um procedimento que acontece para alguns tratamentos de reprodução assistida como o congelamento dos óvulos e a Fertilização In Vitro (FIV).

Nesse sentido, quando há a utilização de medicamentos como o hormônio Gonadotrofina Cariônica Humana (hCG), responsável por atuar nas células dos folículos, promove a produção da substância Fator de Crescimento Vascular Endotelial (VEGF), que aumenta a permeabilidade vascular.

Com isso, quando o número de folículos é grande, a produção deste mediador também é aumentada, fazendo com que os vasos sanguíneos fiquem muito permeáveis, fazendo com que o líquido do interior dos vasos extravase, podendo ter acúmulo no pulmão, abdômen e outros órgãos.

E ela pode ser caracterizada de precoce ou tardia dependendo do momento que descoberta.

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Confira os 9 principais sintomas da Síndrome do Hiperestímulo Ovariano

Ela pode apresentar alguns sintomas bem comuns, sendo assim, as mulheres que atravessam pelo processo de indução da ovulação precisam prestar atenção e procurar um especialista caso apresentem alguns dos sintomas abaixo:

  • Dor ou cólica leva;
  • Distensão, conforto ou dor abdominal;
  • Dificuldade respiratória;
  • Diminuição da diurese;
  • Náusea, vômito ou diarréia;
  • Alteração da função renal;
  • Alteração dos exames de sangue;
  • Aumento do tamanho dos ovários;
  • Inchaço e ganho de peso.

Entenda as classificações da Síndrome do Hiperestímulo Ovariano e como tratar

Ela pode se manifestar de 3 maneiras, a leve, moderada ou grave. Com isso, podemos falar que a SHO acontece de maneira leva em cerca de 12 a 20% dos ciclos de estimulação ovariana.

Além disso, de 3 a 6% dos casos acontecem de maneira moderada, enquanto de 0,5 a 2% já são considerados graves e que pode colocar a vida da mulher em risco.

Conheça as 3 classificações da Síndrome do Hiperestímulo Ovariano

1 – Leve

É a forma mais comum e representa cerca de 20% dos casos e os seus principais sintomas são distensão e desconforto abdominal, vômitos e náuseas, diarreia e ovários aumentados.

E os sintomas podem ser tratados com analgésicos, medicação para náuseas e que ajudam na função gastrointestinal, além de ser importante a mulher se manter hidratada, fazendo a ingestão de pelo menos 2 litros de água, além de repouso e sem atividade sexual.

Com isso, os quadros leves não precisam de internação, mas em alguns casos é preciso fazer uma punção para a retirada do fluido abdominal.

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2 – Moderada

É muito semelhante à forma leve, porém conta com a presença de ascite, além disso é importante que nesse nível seja realizado um acompanhamento ambulatorial mais constante, fazendo o controle de peso, ultrassom e hemogramas, avaliação da função renal e eletrólitos.

Em caso de mulheres gestantes, os cuidados precisam ser mais intensos, isto é preciso pois as mulheres com hiperestímulo precoce (não gestantes) possuem a queda mais rápida dos níveis de hCG e por consequência, uma melhora nos sintomas, entretanto as gestantes mostram elevação constante deste hormônio, o que é normal da gravidez e acaba elevando os riscos.

3 – Grave

Neste nível a mulher poderá apresentar vômitos, diarreia, náuseas, ascite intensa, fortes dores no abdômen, trombose, ganho de peso e redução do volume urinário.

Além disso, e indicado a internação hospitalar, com isso são tratadas possíveis complicações com a correção hiperpotassemia, além do uso de drogas vasoativas quando acontece a falência renal e anticoagulação nos casos de trombose, além dos acompanhamentos laboratoriais com constância.

Quando está no nível grave, o ovário acaba ficando maior que o normal, apresentando um grande risco de torção anexial, caso isso aconteça, pode ser necessário uma cirurgia.

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Quais os fatores de risco da Síndrome do Hiperestímulo Ovariano?

O desenvolvimento da síndrome depende muito de cada resposta de cada mulher ao tratamento, com isso, o médico especialista em medicina reprodutiva costuma monitorar, através de dosagens hormonais e ultrassons, a resposta de cada organismo, podendo modificar o tipo e quantidade da medicação.

Dessa maneira, não há como prever de maneira assertiva se a mulher sofrerá da síndrome. Porém, há um grupo com uma probabilidade maior em ter uma resposta elevada, como:

  • Síndrome os Ovários Policísticos (SOP);
  • Mulheres abaixo dos 35 anos de idade;
  • Histórico de SHO;
  • Mulheres mais magras, com um peso corporal abaixo;
  • Pacientes com alta contagem de folículos antrais;
  • Pacientes com problemas renais;
  • Altos níveis de hormônio anti-mülleriano;

Entenda como a Síndrome do Hiperestímulo Ovariano é diagnosticada

Ele pode ser realizado de maneira precoce através da análise do tamanho e número dos folículos ovarianos, e esse controle é realizado através de exames de ultrassonografia, dosagem de estradiol e avaliação.

Como conseguir evitar a Síndrome do Hiperestímulo Ovariano?

A melhor maneira é compreender quais as mulheres que possuem o maior risco de desenvolver, e dessa maneira conseguir individualizar o protocolo de indução da ovulação. Ficou com alguma dúvida sobre a Síndrome do Hiperestímulo Ovariano? Marque uma consulta agora mesmo para sanarmos.

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