O Conselho Federal de Medicina através de suas normas concede que a escolha do sexo do bebê no caso de Reprodução Assistida seja realizada em casos específicos relacionados à saúde da criança.
É uma dúvida muito normal entre os casais a possibilidade de escolha do sexo do bebê nas técnicas de Reprodução Assistida. Isso acontece porque, além da curiosidade em relação ao sexo da criança, diversos casais que possuem o sonho da maternidade mostram alguma preferência em relação o bebê ser menina ou menino.
Embora tenhamos um avanço da medicina e da tecnologia a possibilidade de escolher o sexo do bebê nas técnicas de Reprodução Assistida é uma prática proibida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em situações em que a questão é motivada somente pela preferência do casal.
Já nos casos em que há chance de a criança nascer com alguma doença genética ligada ao sexo, a seleção do sexo biológico é concedida.
Entenda as 4 situações que é possível escolher o sexo do bebê na Fertilização
As situações mais normais em que é permitido fazer a seleção dos cromossomos para a escolha do bebê, são:
1 – Síndrome do X frágil:
Que acaba gerando uma alteração intelectual que geralmente é mais grave em homens.
2 – Microdeleção do cromossomo Y:
Normalmente afeta a produção de espermatozoide e pode ocasionar infertilidade em homens.
3 – Distrofia muscular de Duchenne:
É uma doença caracterizada pela fraqueza muscular que vai crescendo progressivamente e afeta o sexo masculino.
4 – Hemofilia:
É um distúrbio hereditário e genético que compromete a coagulação sanguínea, fazendo com que o organismo do indivíduo apresente dificuldade para controlar hemorragias.
Essa alteração ocorre por conta de uma mutação no par de cromossomos que define o sexo, mais precisamente no cromossomo X, que está nos cariótipos tanto do homem XY como no da mulher XX.
Uma vez que as mulheres possuem dois cromossomos X, a propensão é que o cromossomo normal deixe neutro aquele que possui falha genética. Já que os homens apresentam apenas um cromossomo X, a doença é manifestada quando acontece uma falha neste gene.
Por esse motivo, escolher o sexo do bebê em técnicas de Reprodução Assistida é possível nesses casos, já que o bebê do sexo feminino improvavelmente apresentará a doença.
Entenda como é realizada a escolha do sexo do bebê
Para que seja possível realizar a escolha do sexo do bebê em técnicas de Reprodução Assistida, é preciso realizar uma Fertilização In Vitro (FIV), que corresponde na fecundação do óvulo por um espermatozoide no ambiente laboratorial, fazendo com que tenha um embrião.
Os embriões que são formados passam por um procedimento chamado de biópsia embrionária, que deixa realizar a análise da estrutura dos cromossomos do embrião, principalmente para saber se será do sexo masculino ou feminino, com isso, são selecionados e implantados apenas os embriões saudáveis.
Você sabe para quem a Fertilização In Vitro é indicada?
- Casal que não consegue engravidar de maneira natural sem uma causa aparente;
- Infertilidade causada por fatores masculinos, femininos ou sem uma causa aparente;
- Obstrução tubária que é causada por diversas condições;
- Casais homoafetivos;
- Casais que possuem um histórico de doenças genéticas;
- Pessoas que têm o desejo de ter filhos de forma independente.
Mas e aí, é possível escolher o sexo do bebê de maneira natural?
Muitos casais que estão tentando engravidar de maneira natural se perguntam se há possibilidade de escolher o sexo do bebê nesses casos. Embora não seja algo preciso, há métodos que podem auxiliar o aumento da probabilidade de a criança nascer com determinado sexo.
O método é chamado Shettles, leva em consideração que os espermatozoides que estão carregando o cromossomo Y são menores, porém mais rápidos e com uma resistência menor do que os espermatozoides que carregam o cromossomo X.
Significa que os espermatozoides Y acabam durando menos tempo no interior do útero, enquanto os espermatozoides com cromossomo X podem permanecer maior tempo no local.
Segundo esse método quando a relação sexual acontece no dia que a mulher está ovulando, as chances do bebê ser do sexo masculino são maiores, enquanto as relações que acontecem dias antes da ovulação ocorrer possuem mais chances que o bebê seja menina.
Porém, é válido ressaltar que este método trabalha com probabilidades, portanto não tem sua eficácia completa e comprovada.
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