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Condiloma Acumulado (Verruga Genital) – Entenda o que é e os sintomas

O Condiloma Acuminado é uma infecção transmitida sexualmente causada pelo HPV, que infecta mucosas e pele dos seres humanos, além de provocar o surgimento de verrugas nos órgãos genitais, ânus e região oral.

Ela pode aparecer de tamanho, número e forma variadas, essas lesões têm tendência de se agruparem e formarem um grande bloco com um aspecto semelhante ao de uma couve-flor, daí que surge os nomes populares, como crista de galo, cavalo de crista, figueira, verrugas venéreas e genitais, além de ser a mais comum das IST que atinge os humanos.

As verrugas genitais são quase sempre benignas, entretanto, ninguém está livre de pegar certos tipos de HPV de alto risco para o câncer de colo uterino, pênis e ânus, especialmente quando há relações sexuais sem proteção.

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Conheça as causas da Verruga genital

As verrugas genitais externas são causadas basicamente pelos subtipos 6 e 11 do vírus HPV e não estão totalmente relacionadas ao risco de câncer.

É importante ressaltar que essa lesão é diferente da que acontece no condiloma plano (manchas vermelhas ou rosadas na pele da boca, sola dos pés e palmas das mãos), que é comum na fase secundária da sífilis, uma doença infectocontagiosa que é transmitida pela bactéria Treponema pallidum e necessita de tratamento com antibióticos específicos.

Entenda o período de incubação do HPV

O período acaba variando bastante, o HPV pode ficar em estado latente dentro de uma célula por várias semanas, meses ou anos como se estivesse adormecido, sem que tenha nenhum sinal ou sintoma da doença.

As verrugas genitais começam a surgir em média de 2 a 8 meses depois do contato com o vírus.

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Como acontece a transmissão das Verrugas genitais?

A principal maneira que ocorre a transmissão do HPV acontece durante a relação sexual sem proteção, seja pela via vaginal, oral ou anal, com ou sem penetração, principalmente se as verrugas forem visíveis. As mulheres infectadas pelo HPV podem acabar transmitindo o vírus para o bebê durante a gestação ou na hora do parto.

Além disso, a infecção também pode ser transmitida através do contato da pele com a do parceiro(a) infectado(a), embora isso aconteça com uma frequência menor, também pode acontecer pelo compartilhamento das roupas íntimas, vaso sanitário, banheiras e toalhas.

No entanto, mesmo que não apresente sinais de infecção pelo HPV, a pessoa pode transmitir o agente viral do condiloma acuminado.

Quais são os sintomas das Verrugas genitais?

A infecção pelo HPV na maioria das vezes acaba sendo assintomática e tem uma regressão espontânea. E quando acontece a manifestação, ela é feita através de verrugas macias, rosadas ou acinzentadas, úmidas, com superfície irregular e áspera.

Além de possuir tamanhos variados, elas possuem uma crista pequena e se estabelecem geralmente em grupos, em sua maioria na glande (cabeça do pênis) abaixo do prepúcio e na saída uretra no homem, e na vulva, vagina e períneo na mulher.

No homem e na mulher, a região da boca, garganta, anal, pés e mãos são outras partes do corpo que podem ser afetadas.

As verrugas genitais não doem, mas elas se espalham com facilidade e são acompanhadas de sangramento, muita coceira e ardência.

É importante prestar atenção também no fluxo urinário, caso note uma diferença, pode ter uma verruga interna e nesses casos é necessário procurar um especialista.

Conheça os 3 fatores de risco de Verruga genital

São considerados fatores de risco ligados ao condiloma acuminado:

  1. Idade: pessoas que são ativas sexualmente nas idades de 15 a 30 anos, que possui múltiplos parceiros e que geralmente não utilizam preservativos;
  2. Sistema imunológico deprimido: gestantes, portadores de HIV, pacientes recebendo quimioterapia ou radioterapia, transplantados, são mais vulneráveis à infecção pelo HPV e ao surgimento das verrugas genitais;
  3. Tabagismo.
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Como é feito o diagnóstico de Verruga genital?

O diagnóstico de condiloma acuminado é realizado através da observação das verrugas e leva em conta fatores de risco para a doença, além de histórico do paciente, aspecto e localização das lesões.

Além disso, alguns exames laboratoriais como exames de sangue, colposcopia, peniscopia, anuscopia, captura híbrida, colonoscopia e biópsia são fundamentais para esclarecer a presença e características das lesões subclínicas, sobretudo quando são verrugas internas.

Da mesma maneira, é importante estabelecer o diagnóstico que difere entre o condiloma acuminado, condiloma plano da sífilis e alguns outros tipos de carcinomas, dessa forma será estabelecido o tratamento adequado para cada enfermidade.

Entenda como acontece o tratamento de Verruga genital

A verruga genital pode sofrer regressão espontânea, já que em muitos casos o sistema imunológico é capaz de eliminar o HPV que foi responsável pelo surgimento da lesão, porém, há circunstâncias em que as características do condiloma exigem cuidados médicos.

Os tratamentos variam de acordo com cada paciente e suas necessidades e eles são:

  • Uso tópico ou sistêmico de medicamentos para fortalecimento do sistema imunológico, comedir o crescimento das verrugas e a multiplicação do vírus HPV;
  • Procedimentos cirúrgicos, como crioterapia que utiliza nitrogênio líquido, a cauterização e aplicação de laser.

É importante ressaltarmos que para algumas pessoas, medicamentos e procedimentos tópicos podem não ser tão eficazes para as verrugas externas, podem ser necessários semanas ou até meses de aplicação, sendo que os tratamentos podem causar frequentemente desconforto e efeitos colaterais, como dor, queimação e irritação.

Outro fator importante para lembrar que quando acontece a cura das lesões do HPV não significa que o vírus foi totalmente eliminado do organismo, quando há a diminuição da resistência do organismo a multiplicação do vírus pode ocorrer novamente.

Como fazer a prevenção das Verrugas genitais?

Não há uma maneira segura contra a infecção pelo HPV, nem mesmo o uso do preservativo, que precisa ser utilizado em todas as relações sexuais, garante a proteção absoluta.

O motivo é que o HPV pode também estar hospedado na pele de regiões que não são protegidas pela camisinha, como o ânus e a região genital, mas isso está longe de falar que o seu uso é desnecessário, pelo contrário, o preservativo sempre deve ser usado, pois diminui o risco de contágio não só do papilomavírus humano, mas também de outras IST.

É importante que o exame Papanicolau seja feito com frequência, já que ele detecta alterações celulares microscópicas sugestivas de tumores no colo do útero, principal complicação causada pelo HPV.

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Vacina do HPV

As vacinas atualmente representam a medida mais eficiente para a prevenção contra a infecção pelos tipos mais frequentes do grupo HPV.

A bivalente imuniza contra os tipos 16 e 18, a quadrivalente contra os tipos 6, 11, 16 e 18. Além disso, são necessárias 2 doses da vacina, tendo um intervalo entre elas de 6 meses.

A vacina quadrivalente é disponibilizada gratuitamente pelo SUS para meninas de 9 a 14 anos, para meninos de 11 a 14 anos, para pessoas de 9 a 26 anos com HIV e para pacientes oncológicos ou transplantados.

Por isso, é importante ressaltar a utilização de preservativo em todas as relações sexuais e a realização de exames com frequência.

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